
Monday, December 18, 2006
Desenvolvimento da proposta 3

Vamos então explorando os quarteirões existentes e seus formatos, a malha que deles resulta, tal como as circulações, agora melhor definidas, que começam a saltar à vista.

O pré-existente

Fomos “bombardeados” com mais e diferentes informações do local, sendo que daí surgiram desenhos bem mais confusos mas, no entando, preponderantes para a percepção deste conjunto de grandes preocupações.

De salientar no local alguns edifícios que representam muitas vezes património industrial, religioso e arquitectónico, algumas pequenas urbanizações bairristas que traduzem bem a alma e espírito lisboeta, (por exemplo: Bairro do Beato), algumas ruas, ambientes, praças, intercepções, cruzamentos e eixos que nos parecem transmitir um pouco da memória do local e que proporcionam um melhor “encaixe” do que é proposto em relação ao existente.
Wednesday, December 13, 2006
Esquemas de transporte portuário

Assim, a linha não só servirá as actividades portuárias entre si, como simultaneamente fará a distribuição e escoamento de mercadorias para o resto do país.
Esquemas de transportes públicos

A métrica do contentor
Decidimos de uma forma unânime que poderíamos partir da lógica do contentor marítimo, enquanto módulo base que se repetiria “x” vezes, de modo a se enquadrar com o local. O contentor base que consideramos tem então 6.0m por 2.5m.

Esquemas funcionais e formais


As actividades portuárias e todas as infra-estruturas que lhes são atribuídas fazem assim parte da imagem da cidade, sem, no entanto prejudicar qualquer tipo de funcionamento urbano.
O conceito

O porto e a cidade precisam um do outro, e é com estes dois elementos a trabalhar conjuntamente que se podem resolver problemas urbanos, de competitividade e acessibilidade.


É na sequência deste mesmo conceito que procuramos apurar a forma, começando por destacar três momentos destinados a plataformas de porto. Destes três momentos, que procuram diluir os eixos da margem, resultam outros dois momentos de excepção. Estes últimos assumem uma forma mais linear, afirmando o sentido longitudinal da margem. Isto porque nestes momentos de excepção estarão dois pontos de recepção de passageiros, sendo um, destinado a terminal de cruzeiros e o outro destinado a terminal de cacilheiros, assegurando assim a vivência nos momentos de “rótula” do trabalho e igualmente a unidade de toda a proposta.
Desenvolvimento da proposta

- resolver o problemas das acessibilidades que dividem a cidade do porto e consequentemente da sua orla fluvial, quebrando a barreira longitudinal e assegurando um fluxo de entrada de barcos e mercadorias perpendicularmente à costa.

- gerar variados ambientes para funções distintas.
- dar unidade no que toca à cidade e todas as suas componentes.

Tratando-se de uma vasta área de trabalho, por vezes deparamo-nos com problemas de escala, o que obriga muitas vezes a ter que aproximar e afastar os olhos do projecto, recorrer a diferentes escalas e trabalhar tanto a partir do global para o pormenor como ao contrário.
Monday, December 4, 2006
Rui Duarte

-Permeabilização da costa tendo em conta os eixos mais significativos no local;

-Tentar explorar um conceito que contrariava a visualização do rio sempre paralelo à margem, tentando penetrá-lo e criar pontos de interesse, ao contrário do que muitas vezes acontece na cidade de Lisboa.
Hugo Gomes

-Avançar com a cidade por cima do porto, mantendo-o no mesmo local;

-Traçar uma diagonal que ligaria á margem sul.
Carlos Franco



André Lopes

-Autonomização das estruturas viárias em relação ás estruturas da cidade;
-Crescimento da cidade em direcção ao rio e apropriação da orla fluvial com o abandono das margens por parte do porto;
-Contaminação de um conceito local a uma escala abrangente da cidade e do estuário;
-Redução da área de implantação do porto com a criação de uma grande plataforma logística de retaguarda com ligação directa ao porto.
Thursday, November 30, 2006
Reflexão sobre as frentes ribeirinhas de Lisboa
«O Estuário do Tejo: uma reflexão sobre as suas Frentes de Água»
“LUGARES EM ESPERA”
1 - Zona ribeirinha poente / APL – Lisboa
2 – Rua da Manutenção em Xabregas – Lisboa
3 – Fábrica desativada no Ginjal – Almada
4 – Quinta Braamcamp – Alburrica, Barreiro
5 – O estuário como o centro da Grande Lisboa
ESCOLHA DO TERRENO

2 – Rua da Manutenção em Xabregas – Lisboa
Todo o processo de abordagem e diagnóstico do local originou, à partida, uma inclinação da estratégia arquitectónica e urbana que passaria por regenerar um tecido deprimido socialmente e onde predomina uma imagem de desleixo do espaço público.
Trata-se então de um conjunto de reflexões que se debruçam numa realidade precária e principalmente numa parcela de cidade que sofre de vários problemas relacionados com a morfologia do terreno, com acessibilidades que separam prejudicialmente a malha urbana, com o isolamento urbano, com a poluição ambiental, com vazios urbanos e áreas de abandono e degradação industrial entre outros…
Este conjunto de factores, por si só, foram motivo para partirmos para uma intervenção a uma escala mais global, tentando trabalhar numa óptica abrangente de cidade.
Mas, as zonas de Xabregas e Marvila são muito mais do que áreas com insuficiências funcionais e de imagem, são também um conjunto, que resulta num espaço descaracterizado na malha de toda a cidade de Lisboa, uma capital europeia. Representa um “buraco” na cidade, entre a sua malha mais antiga e a mais recente, o Parque das Nações.
A problemática do porto de Lisboa
Um dos grandes desafios é dar a unidade que Lisboa precisa, passando então pela resolução dos problemas relacionados com o porto.
A zona de Xabregas é uma área onde o assunto “porto” ganha um relevo extremo uma vez que tem vindo a perder o seu potencial de aproveitamento a diversos níveis. Algumas das suas estruturas estão mal aproveitadas, outras mesmo inutilizadas e a este problema juntamos o facto de estarem associadas a acessibilidades no seu território de influência que surgem como uma barreira entre a cidade e o porto.
No nosso ponto de vista, o porto precisa da cidade para o seu bom funcionamento, para resolver os seus problemas de acessibilidade e para constituir um elemento de promoção económica maior do que tendo vindo a ser assim como a cidade precisa do porto para a sua diversidade e desenvolvimento. O porto representa, na maioria das vezes um entrave ao intercâmbio cultural, ao lazer, ao aproveitamento do potencial das margens e da cidade, ao comércio e à qualidade de vida.